foto tirada no Jardim Zen, Bombarral

O AR QUE RESPIRO

Há um antigo provérbio chinês que divide a vida em quatro emoções:
a felicidade, o prazer, a dor e o amor.

Felicidade
É ouvir a tua voz
Quando penso em ti
É soltar-me
Nas ondas do desejo
Quando me tocas
Felicidade
É fechar os olhos
E saber-te no meu mundo
Felicidade
É saber que o Céu existe
E esse é o sítio
Onde me encontro
Contigo

Prazer
É um oásis de vida
Na loucura da existência
Prazer
É estremecer
Com o teu olhar
E desfalecer com uma carícia
Prazer
É a Dor de não suportar a Felicidade
Prazer
É uma cama
Onde os nossos corpos
Desenham o Infinito
Quando o Infinito somos nós


Dor
É o que sinto pela ausência
É este aperto que permanece
É abraçar o espaço
E embalar a solidão
Na Dor
Encontro-me em mim
Se para estar comigo
Tenho de estar sem ti
Então
Sinto Dor
Porque existo
Envolvida nesta escuridão
Perdida neste caminho
Sem encontrar solução


Amor
É ser e estar
É possuir e ter
É encontrar cá dentro
O nosso próprio querer
É tudo imaginar
E só assim viver
É ser no outro o que se é
É ter em si mesmo a razão
É acreditar no poder do desejo
E desejar com a força do coração